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Fundamentos sobre a Fertilidade – Reprodução Humana

Você já parou para pensar no quanto é incrível o processo de reprodução humana? É realmente surpreendente que a gravidez ocorra tão frequentemente. Mas afinal, como é esse processo? Qual é a sequência de eventos que leva à formação de um novo ser humano?

Neste post, vamos falar sobre as três principais fases da reprodução natural humana: a ovulação, a fertilização e a implantação. Além disso, vamos explorar como as técnicas de reprodução assistida atuam nessas etapas e na anatomia do sistema reprodutor humano. Fique conosco e descubra mais sobre esse assunto fascinante!

Sumário

Fundamentos da Fertilidade

A Reprodução Humana

A reprodução natural humana é um processo tão complexo e espetacular que parece miraculoso que a gravidez ocorra tão frequentemente como ocorre. As três principais fases da reprodução humana, como explicitadas abaixo, são: Ovulação, Fertilização e Implantação. As técnicas de reprodução assistida atuam nessas três fases, e, também na anatomia.

A procriação humana é um processo complexo, que envolve várias fases de amadurecimento dos corpos femininos e masculinos. A maneira mais comum de conceber é através da relação sexual. No entanto, casais com problemas de infertilidade podem recorrer a técnicas de reprodução assistida para engravidar. Além disso, casais homoafetivos ou indivíduos que desejam uma concepção independente também podem utilizar essas técnicas. Se você deseja entender mais sobre a reprodução humana e os métodos assistidos de concepção, continue lendo este texto. Nele, explicaremos a fisiologia dos corpos femininos e masculinos e o processo de geração de um bebê.

Reprodução Humana Natural

A reprodução humana natural é a forma de concepção obtida através do ato sexual. Durante a relação sexual, o homem ejacula espermatozóides dentro da vagina feminina. Estes espermatozóides então nadam através do útero e se dirigem às tubas uterinas. Lá, eles podem fertilizar um óvulo disponível, resultando em uma gravidez. Em alguns casos, mais de um óvulo pode ser fertilizado, o que pode levar à gravidez gemelar ou múltipla.

Fecundação

Durante a ovulação, o ovário libera um óvulo que é capaz de ser fertilizado na tuba uterina. Ele tem uma vida útil de cerca de 36 horas, que corresponde ao período fértil da mulher. Porém, as chances de engravidar naturalmente são baixas, cerca de 20 a 30%. Por isso é recomendado que casais tentem engravidar por pelo menos 12 meses antes de buscar ajuda de reprodução assistida. No entanto, se houver fatores de infertilidade ou se a mulher tiver mais de 35 anos, este período pode ser encurtado.
Para aumentar as chances de gravidez, é recomendado que o casal tenha relações sexuais regularmente e intensifique as relações três dias antes e três dias depois da ovulação prevista. Os espermatozoides conseguem sobreviver no corpo feminino por até 72 horas, então é importante que eles estejam disponíveis quando o óvulo for liberado. A união do óvulo e espermatozóide é chamada de fecundação. O zigoto/embrião é formado quando o núcleo do espermatozóide se une ao óvulo. Em seguida, o zigoto se move para o útero e se fixa à camada que o nutre até a formação da placenta, chamada de nidação. A partir daí, dá-se início à gestação.

O ciclo menstrual é um processo de alterações hormonais no corpo da mulher que é importante para a reprodução. A menstruação é a descamação do endométrio, uma camada no útero. O ciclo menstrual pode durar de 21 a 35 dias em média, com 28 dias na população em geral. Há três fases no ciclo menstrual: a fase folicular, a fase ovulatória e a fase lútea. A fase folicular dura cerca de 14 dias e é caracterizada pelo aumento de hormônio folículo estimulante (FSH) e aumento da produção de estrogênio. A fase ovulatória dura de 16 a 32 horas e é marcada pelo aumento do hormônio luteizante (LH), que faz o folículo no ovário liberar um óvulo. A fase lútea começa logo após a ovulação e dura cerca de 14 dias. É caracterizada pela formação de um cisto de corpo lúteo no ovário, que produz estrogênio e progesterona. Se o óvulo não for fertilizado, o cisto de corpo lúteo se dissolve e os níveis de estrogênio e progesterona caem, o que leva à menstruação.

Olá! Nesse vídeo nós vamos conversar um pouquinho sobre  ciclo menstrual. Você sabe como funciona o seu? Vamos lá. O  ciclo menstrual são as alterações hormonais  fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher e tem a  finalidade de reprodução. O ciclo menstrual ele culmina com  a menstruação e a menstruação nada mais é do que a descamação  do endométrio. O endométrio é essa camada que tem dentro do  útero. Quando ela descama e sai, é a nossa menstruação. Os ciclos,  eles podem durar de vinte e um a trinta e cinco dias com uma  média de vinte e oito dias na população em geral. Vamos  conhecer todas as fases do ciclo menstrual? A primeira  fase do ciclo é a fase folicular. A fase folicular  aonde a gente tem o FSH alto que é o hormônio folículo  estimulante e aonde o estrogênio e a progesterona  estão baixinhos. O que ocorre é que esse hormônio folículo estimulante,  ele age nos folículos que estão dentro dos ovários, fazendo  estes crescerem e produzirem mais estrogênio. Com o aumento  do estrogênio, a gente tem um aumento da produção do muco  vaginal, por isso que nas fases que antecedem a ovulação, a  gente percebe que a gente tem aquele muco com aspecto de  clara de ovo, é por conta disso, estrogênio aumenta,  aumenta a produção de muco e esse muco, ele é favorável a passagem dos  espermatozoides. Essa fase folicular. ela dura mais ou  menos quatorze dias. Após esses catorze dias a gente vai ter um  aumento de um outro hormônio chamado LH que é o hormônio  luteizante e aqui esse hormônio luteinizante.  E aqui, esse hormônio luteinizante, ele marca o fim da  fase folicular e assim a gente começa a segunda fase do ciclo  menstrual que é a fase ovulatória. A fase ovulatória,  ela começa com o pico desse hormônio lluteinizante esse  hormônio, ele faz com que o folículo dentro do ovário, ele  ecloda e libera o óvulo, é a ovulação. E essa ovulação, ela  tem uma duração de dezesseis a trinta e duas horas e aí a  gente inicia a terceira fase do ciclo que é a fase lútea, A fase lútea, ela  ocorre logo após a ovulação ou seja, logo após que o óvulo, ele  sai do folículo. Aqui o que acontece? Há formação do cisto  de corpo lúteo no ovário. Por quê? Porque o óvulo saiu desse  folículo e formou lá um cistinho de corpo lúteo, esse  cisto, ele produz estrogênio e progesterona. Acho que você ou  algumas mulheres já foram nessa fase fazer um ultrassom e  quando o ultrassonografista fala “nossa! Olha, você tá um  cisto de corpo lúteo” ou depois você vai dar uma olhada no seu  exame e fala, nossa, aqui no laudo tem um cisto de corpo  lúteo, estou com o cisto, que que eu faço? Na verdade, o cisto  de corpo lúteo é esse folículo que eclodiu, então tá tudo bem,  ele não é nenhuma patologia, ele não causa problema algum. Nesse  ponto, se não ocorre a fecundação, o estrogênio e a  progesterona para de ser produzido e aí a menstruação ocorre,  porque há o desabamento da camada do endométrio. E é nessa  fase que a gente tem essas alterações hormonais é que a  gente começa a ter os sintomas da TPM. Então, tem mulheres que  têm esses sintomas mais leves, outras tem os sintomas mais  agudos que podem ser enxaqueca, irritabilidade, a gente sente  na balança, às vezes, o aumento de peso por maior retenção de  líquido, mas essa sensação passa, esses sintomas passam  cerca de três a quatro dias. A medida que a mulher, ela vai  amadurecendo, o ciclo menstrual, ele começa a alterar também,  então às vezes os ciclos, eles vão ficando mais curtos, às  vezes menstrua duas vezes no mês ou às vezes menstrua uma  vez só com fluxo muito aumentado que dura dez ou  quinze dias ou pode ser um padrão diferente, ela menstrua  a cada quarenta dias ou a cada cinquenta dias, às vezes pula  mês e são alterações também fisiológicas que fazem parte do  nosso processo de amadurecimento como pessoa e  como organismo. E o fato interessante é que em janeiro  de 2022 foi publicado na revista The Jornal of North American Menopause Society  da Universidade d Pittsburgh e que avaliaram várias mulheres e a  conclusão que esse estudo chegou é que as mulheres que já  começam a ter essa alteração de menstruação antes mesmo de entrar na  menopausa tão esses ciclos menstruais começam a ficar  irregulares tanto pra diminuição do intervalo quanto  pro aumento de intervalo, ela tem um aumento da chance de  desenvolver doença cardíaca. Por isso que é muito importante  quando você mulher começa a ter alguma alteração na sua  menstruação tanto pra mais quanto pra menos que você  procure o ginecologista. O ideal é que a mulher, ela tenha  um acompanhamento em todas as suas fases hormonais, mas essa é uma  fase que a gente tem que ficar mais de olho, porque a gente  pode prevenir doenças cardíacas futuras que podem se  desenvolver justamente nessa fase. Espero que cês tenham  gostado desse vídeo e não se esqueça de inscrever-se no  nosso canal, dá o seu like, ative o sininho de notificação,  fale pra uma amiga que tá precisando de umas dicas e até a próxima! 

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Estrutura do DNA

O DNA é uma molécula comprida e espiralada, que se localiza no núcleo celular, nele está “escrita” toda a informação necessária para que a célula execute bem sua função, assim como um programa de computador. Se a célula é o computador, o DNA é o disco rígido de informações que dará a instrução para que ela funcione como um computador conectado numa rede muito maior; se a célula é do músculo, a instrução é para que ela funcione como uma célula muscular.
A molécula de DNA se assemelha a uma escada espiralada: há um corrimão de cada lado e degraus ligando esses corrimãos. Os degraus são a parte variável do DNA, representados pelas letras A, T, G e C – que são os compostos orgânicos adenina, timina, citosina e guanina, respectivamente. Estas substâncias estão em uma sequência que somente a célula consegue ler e cada uma recebe o nome de gene. Para que a leitura seja feita corretamente, a célula envia uma cópia do gene para fora do núcleo sob a forma de RNA.
No citoplasma existem elementos (os ribossomos) capazes de fazer a leitura do RNA e quando isto acontece dizemos que o gene está se expressando, pois o gene expressa sua informação por meio do RNA. Vários genes podem ser lidos ao mesmo tempo. A partir do conjunto de informações que essa leitura fornece, formam-se várias características, como cor do cabelo, forma do rosto, tamanho do corpo, cor dos olhos, propensão à certas doenças e muito mais. Estas características recebem o nome de fenótipo.

Estrutura dos Cromossomos

Por causa do seu grande comprimento, o DNA precisa se enrolar até ficar bem “apertado” para caber na célula, formando uma estrutura chamada cromossomo. Cada espécie de ser vivo possui um número de cromossomos, e o ser humano possui 46. Metade dos cromossomos, 23, vem da mãe e a outra metade é fornecida pelo pai. E é aí que entra a maravilha da reprodução humana: a mistura de dois seres formando um terceiro diferente.
Nos órgãos reprodutivos femininos (ovários) e masculinos (testículo) existem células especializadas em gerar gametas (células que possuem 23 cromossomos, ou seja, apenas metade dos 46) chamadas de óvulo e espermatozóide. A meiose é o processo pelo qual uma célula com 46 cromossomos produz outras com 23 cromossomos.
Quando óvulo e espermatozóide se unem dentro do útero forma-se o zigoto (com 46 cromossomos), que é a nossa primeira célula. O ser humano unicelular. Assim que gerado, o zigoto começa a se multiplicar, produzindo outras células idênticas. Para que uma célula produza duas, ela deve, em primeiro lugar, duplicar todas as estruturas existentes em seu interior, inclusive o DNA. Replicação é o nome do processo no qual o DNA se autoduplica, e, com a mitose ocorre a duplicação da célula inteira.
Depois de todo esse processo as células começam a formar diferentes tipos de órgãos: pele, nervos, músculo, ossos, intestino, rim, etc. Quando o organismo está completo, após se desenvolver e crescer de tamanho, chega o momento do nascimento.

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O sistema reprodutor feminino

O sistema reprodutor feminino é composto pelos seguintes órgãos: a vagina, que é o canal pelo qual os espermatozoides entram no corpo da mulher; o útero, que é o lugar onde o feto se desenvolve e cresce; os ovários, onde os óvulos são produzidos e liberados para a fecundação; e as trompas uterinas, que servem como uma via para que os óvulos viajem do ovário até o útero. Ao nascer, uma menina já possui cerca de 3 milhões de folículos ovarianos, mas esse número diminui à medida que ela envelhece, e somente cerca de 400 a 1000 serão maduros o suficiente para gerar uma gravidez.

O ciclo ovulatório

Para que os óvulos possam começar a amadurecer, é necessário que o corpo atinja a puberdade. Durante este período, os níveis de hormônios no corpo feminino aumentam, e os hormônios produzidos pela glândula hipófise (localizada no cérebro) chamados de gonadotropinas, especificamente o FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante), estimulam a ovulação.

Um ciclo ovulatório, também conhecido como menstrual, tem duração média entre 25 e 30 dias, e começa a ser contado a partir do primeiro dia da menstruação anterior. Durante este período, o folículo é amadurecido e liberado como óvulo aproximadamente entre o 11º e 15º dia do ciclo.

No entanto, essa é a duração média de um ciclo regular. Portanto, a mulher tem seu período fértil entre o 11º e 15º dia de seu ciclo, além dos três dias anteriores e três dias posteriores a essa data. O óvulo fica disponível para fertilização por cerca de 36 horas.

Quando o óvulo é liberado, ele está disponível para a fertilização nas tubas uterinas. As tubas são os órgãos que conectam o útero aos ovários, e é onde os espermatozóides encontrarão o gameta feminino para a fecundação.

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Além disso, outro processo associado à ovulação é o espessamento do endométrio. Quando o folículo começa a amadurecer, ele produz um hormônio chamado estradiol, que espessa a camada interna do útero.

A camada interna do útero, chamada de endométrio, é responsável por proporcionar nutrição ao embrião nos primeiros dias de sua formação, garantindo assim um crescimento adequado e a continuidade da gestação. Se a fecundação do óvulo feminino não ocorrer, o corpo elimina essa camada mais espessa do endométrio, o que é conhecido como menstruação. Juntamente com a descamação do endométrio, é liberada uma pequena quantidade de sangue e o óvulo não fecundado também é eliminado pelo organismo da mulher.

 

Menopausa

A menopausa é um processo fisiológico que ocorre em torno dos 50 anos de idade. Durante essa fase, a produção hormonal do corpo feminino diminui, levando ao esgotamento dos óvulos e impossibilitando a reprodução natural.

O sistema reprodutor masculino

Enquanto as mulheres nascem com um número limitado de células reprodutivas, os homens as desenvolvem a partir da puberdade, geralmente entre 13-14 anos. Durante essa fase, os hormônios hipófise gonadotróficos (LH e FSH) são liberados para estimular a produção de espermatozóides nos testículos. Essas células reprodutivas são armazenadas no epidídimo, onde amadurecem e se tornam capazes de fertilizar. Durante a ejaculação, os espermatozóides são liberados para fora do pênis junto com o líquido seminal, produzido pelas glândulas prostáticas e seminais. A produção de espermatozóides é contínua e pode durar a vida toda, a menos que haja problemas no sistema reprodutor masculino. Durante a ejaculação, em média 70-100 milhões de espermatozóides são liberados, e eles buscam o óvulo para causar a fertilização e gerar uma gestação.

 

 

Conclusão

A fertilidade e reprodução humana são processos complexos que podem ser afetados por vários fatores, incluindo a idade. A partir dos 35 anos, a capacidade de engravidar naturalmente diminui significativamente, e é indicada a busca por tratamento de reprodução assistida. A reprodução humana é controlada pelo ciclo menstrual, e o dia do ciclo em que ocorre a ovulação é considerado o período fértil. Qualquer fator de infertilidade, como problemas hormonais ou anatômicos, também pode afetar a capacidade de conceber. Um meio de aumentar as chances de gravidez é ter relações sexuais regularmente e intensificá-las durante o período fértil. A fecundação ocorre quando um espermatozóide encontra o óvulo na cavidade uterina, e o embrião se desenvolve a partir daí. Se ocorrem dificuldades para conceber naturalmente, é recomendado buscar tratamento de reprodução assistida.

 

Fonte: Amato, JLS. Em Busca Da Fertilidade. 2014

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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