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Quais os possíveis efeitos colaterais de um tratamento de fertilidade?

Os tratamentos de fertilidade vêm evoluindo muito com o passar dos anos, mas mesmo assim eles continuam sendo procedimentos médicos. Portanto, eles possuem possíveis efeitos colaterais que devem ser esclarecidos para o casal que deseja engravidar.

Dessa forma, os parceiros serão avisados do que pode acontecer e, assim, conseguirão decidir se querem ou não passar por um tipo de tratamento. Pensando nisso, separamos neste artigo os principais efeitos que podem surgir devido a esses procedimentos.

Contudo, é importante ressaltar que quem faz um tratamento de fertilidade está sujeito a passar por efeitos colaterais, mas isso não significa que todas as mulheres vão apresentar as consequências listadas.

Com isso em mente, confira agora quais podem ser as implicações dos tratamentos para quem deseja engravidar.

Possíveis efeitos colaterais de um tratamento de fertilidade

Os efeitos colaterais podem variar de acordo com o tratamento realizado pela mulher. Por isso, separamos aqui os principais tipos de tratamento de fertilidade e quais são os efeitos que cada um deles pode provocar:

Indução da ovulação

A indução da ovulação é um dos tratamentos mais simples de fertilidade, porque ele não é muito invasivo. Como já diz o nome, nesse método os ovários da mulher são estimulados para induzir a ovulação. Depois, a gravidez pode ocorrer a partir de uma relação sexual.

Para induzir a ovulação, a mulher precisa consumir determinados remédios indicados por seu médico. O remédio pode variar de acordo com os pacientes e o motivo da infertilidade do casal. Mas, geralmente, eles têm em sua composição o hormônio folículo estimulante (FSH) e podem ser ingeridos por via oral ou injeções.

Devido à medicação, a mulher pode sentir alguns efeitos colaterais. Os mais comuns são:

  •         Náuseas;
  •         Ondas de calor;
  •         Alterações de humor;
  •         Dor de cabeça;
  •         Dores abdominais e/ou nos seios;
  •         Sudorese.

Além desses, existem outros efeitos colaterais da indução da ovulação, mas que costumam ser bem mais raros. São eles:

  •         “Secura” na vagina;
  •         Cistos no ovário;
  •         Síndrome da hiperestimulação ovariana.

Esta síndrome provoca um aumento nos ovários, causando dor nessas estruturas. Ela pode ser leve ou mais grave, sendo que os casos severos são ainda mais raros que os leves.

Como pode apresentar efeitos colaterais, é importante que o profissional responsável pelo tratamento sempre acompanhe o desenvolvimento deste. Dessa forma, caso algo aconteça, ele sabe rapidamente o que fazer e é capaz de evitar o aparecimento de complicações.

Inseminação artificial

A inseminação artificial é um tratamento um pouco mais complexo que a indução da ovulação, mas ainda é relativamente simples. Nesse tratamento, a mulher também deve tomar um medicamento para induzir a ovulação, e depois o espermatozoide é injetado no útero ou no cérvix da paciente para facilitar a gestação.

Esse tipo de tratamento pode ser indicado em diversos casos, sendo que ele é recomendado principalmente quando há problemas com o espermatozoide do parceiro ou quando a mulher apresenta problemas que dificultam a passagem e a permanência dos espermatozoides no útero.

Como para fazer a inseminação artificial também é necessário tomar medicamentos para induzir a ovulação, a mulher pode ter alguns dos mesmos efeitos colaterais que a indução apresenta. A parceira pode ter, por exemplo, náuseas, dores de cabeça e alterações de humor.

Além desses efeitos, a inseminação pode ter complicações após a realização do procedimento. É possível que a mulher tenha:

Essas complicações não são frequentes, porém o casal que deseja fazer um tratamento de fertilidade precisa saber que há a chance de elas acontecerem. Em casos de sangramento, o médico responsável deve ser avisado o mais rápido possível.

Fertilização in vitro (FIV)

Na fertilização in vitro, os espermatozoides e os óvulos são fecundados em um meio de cultura e, depois, um ou mais embriões são injetados no útero da mulher. Esse tratamento de fertilidade é um dos mais conhecidos e é indicado geralmente nos casos mais complexos de esterilidade.

Para ser bem-sucedido, o tratamento também exige que a mulher tome medicamentos para melhorar sua fertilidade. Esses remédios podem causar certos efeitos colaterais, como:

  •         Náuseas e vômitos;
  •         Alterações de humor;
  •         Fadiga;
  •         Dores leves ou reações alérgicas no local da injeção;
  •         Síndrome de hiperestimulação ovariana.

Assim como na indução da ovulação e na inseminação artificial, o surgimento da síndrome de hiperestimulação é raro. E, quando acontece, geralmente são casos leves.

Ademais da ingestão dos medicamentos, a transferência dos embriões para a mulher também pode apresentar certas consequências. São elas:

  •         Dores abdominais e pélvicas (durante ou após o procedimento);
  •         Infecção pélvica;
  •         Lesão na bexiga, intestino ou em outros órgãos que ficam perto dos ovários.

Os efeitos colaterais do procedimento são mais raros, já que atualmente os médicos estão cada vez mais experientes e sabem como realizar a transferência de forma segura. Mas, é importante explicá-los.

As dores abdominais e pélvicas podem ser sentidas até dois dias após o procedimento, porém com medicamentos simples elas são aliviadas. Já as infecções podem ser leves ou graves, podendo precisar de hospitalização no último caso, mas elas dificilmente ocorrem hoje em dia.

As lesões também são bem incomuns e são citadas principalmente para avisar o casal sobre essa possibilidade. Quando são severas, a mulher pode necessitar de cirurgia.

A importância do acompanhamento de uma clínica especializada

Como foi mostrado neste artigo, os efeitos colaterais de tratamentos de fertilidade mais comuns são os leves, causados por medicamentos. Contudo, as implicações mais graves dos tratamentos não podem ser ignoradas por serem mais incomuns.

Sendo assim, ter um acompanhamento de uma clínica especializada durante todo o tratamento, inclusive após a finalização do procedimento, é essencial para que não haja complicações e esse momento seja o mais tranquilo possível para o casal.

Então, antes de escolher um médico para cuidar do seu tratamento de fertilidade é fundamental que você saiba de forma detalhada como ele realiza os procedimentos e como acompanha seus pacientes.

Depois de conferir quais os possíveis efeitos colaterais de um tratamento de fertilidade, você já sabe quais são os principais riscos envolvidos. E agora, que tal saber se existem pré-requisitos para ser elegível a um procedimento?

 

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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