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O que pode impedir a ovulação?

Prepare-se para descobrir os segredos da ovulação! A ovulação é uma das fases mais importantes do ciclo menstrual da mulher, é o momento em que ocorre a liberação do óvulo pelo ovário e onde há chances reais de uma mulher conseguir engravidar. Mas, você sabia que existem fatores que podem impedir a ovulação e causar infertilidade? Descubra as razões mais comuns que dificultam ou impossibilitam a fecundação e o que fazer para reverter a situação. Acompanhe essa jornada de descobertas e entenda melhor como funciona o seu corpo.

Sumário

A ovulação é uma das fases do ciclo menstrual da mulher. É o momento em que o ovário libera o óvulo em direção ao útero para que ele seja fecundado. Caso haja o encontro entre o óvulo e o espermatozoide, acontece a gravidez. Do contrário, o óvulo é liberado junto com a menstruação.

A ovulação é um acontecimento natural em mulheres saudáveis e acontece todos os meses, geralmente por volta da metade do ciclo menstrual. É o que também chamamos de período fértil, pois é quando há chances reais de uma mulher conseguir engravidar.

Entretanto, existem alguns fatores que podem impedir a ovulação e, consequentemente, atrapalhar a busca pela gravidez. Veja a seguir quais são as razões mais comuns que dificultam ou impossibilitam a fecundação e o que fazer em cada caso.

O que pode impedir a ovulação

Os fatores que impedem a ovulação, e consequentemente causam infertilidade, podem ser de ordem biológica, comportamental ou psicológica, como você verá a seguir:

Uso de anticoncepcional

Tanto o anticoncepcional oral quanto o anticoncepcional do tipo implante impedem a ovulação. Os dois produtos são responsáveis pela liberação de hormônios que restringem a liberação dos óvulos pelos ovários

A ação dos hormônios, contudo, ocorre apenas durante o uso da substância. Para reverter a situação e conseguir engravidar, a mulher deve deixar de ingerir ou de aplicar o contraceptivo. No seu próximo ciclo menstrual, a ovulação deve acontecer normalmente com grandes chances de uma gravidez natural, se essa mulher estiver em condições propícias para isso. Alterações hormonais

O desequilíbrio hormonal é um fator preponderante na ausência da ovulação. Isso porque a produção, maturação e liberação do óvulo dependem da ação de vários tipos de hormônios diferentes. Quando um desses falha, a ovulação não se concretiza.

Fazem parte da ovulação os seguintes hormônios, também chamados de hormônios da fertilidade:

  • Hormônio folículo estimulante (FSH): age estimulando o desenvolvimento do óvulo;
  • Hormônio luteinizante (LH): estimula a maturação do óvulo até a sua liberação;
  • Estrogênio: estimula o crescimento do LH, também influenciando no amadurecimento do óvulo.
  • Progesterona: prepara o corpo da mulher para uma provável gestação.

Mas, quais são as causas desse desequilíbrio hormonal? Essa alteração pode acontecer devido a situações diversas da vida da mulher, dentre as quais podemos citar:

  • Estresse;
  • Mudanças bruscas de peso, seja emagrecendo ou engordando rapidamente;
  • Prática de atividades físicas em excesso;
  • Ausência total de exercícios físicos.

O ideal é que a mulher mantenha uma rotina regular e equilibrada de exercícios físicos e alimentação saudável para que o corpo não sofra nenhuma alteração que possa comprometer a fertilidade.

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SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos)

A SOP é uma doença provocada por distúrbios hormonais que geram o crescimento de cistos nos ovários, podendo impedir a ovulação, além de causar sintomas desagradáveis na mulher, como pelos no rosto, menstruação irregular e alterações de peso.

A SOP é uma dos problemas de fertilidade mais comuns em mulheres e muitas delas não sabem que têm o problema. É importante que a mulher observe o seu corpo e sua menstruação em busca de sinais da doença. 

E, caso esteja tentando engravidar, mas não obtenha sucesso, deve procurar um médico ginecologista o quanto antes para iniciar o tratamento adequado.

Ciclos menstruais irregulares

Chamamos de irregular um ciclo que não segue um padrão para começar e terminar. A ausência desse padrão compromete a ovulação que costuma ocorrer mensalmente.

O ciclo irregular é uma das consequências das alterações hormonais, mas também pode derivar de problemas alimentares, como dietas restritivas, perda excessiva de peso, exercícios físicos exaustivos, estresse e também doenças ginecológicas.

A endometriose, causa comum dos ciclos menstruais irregulares, pode atrapalhar não só a liberação do óvulo, mas também a fecundação e o crescimento do embrião.

A doença, aliás, é um dos principais obstáculos da gravidez, além de provocar sintomas extremamente desconfortáveis na mulher, como cólicas intensas e dor durante a relação sexual.

Cistos no ovário

Os cistos ovarianos são pequenas bolsas de líquido ou de material mais rígido que surgem na região dos ovários. Podem ser benignos e malignos e também atrapalham o ciclo menstrual da mulher, impedindo a ovulação regular.

Normalmente, os cistos não apresentam sintomas, mas quando existem se caracterizam por dores pélvicas e vaginais, sensação de peso no ventre, sangramento fora do período menstrual, menstruação irregular e pressão na hora da evacuação.

Idade e menopausa

À medida que a mulher vai envelhecendo, a sua reserva ovariana vai diminuindo. Isso quer dizer que a quantidade de óvulos fica menor com o passar do tempo. A partir dos 35 anos, esse fato se acentua, sendo ainda mais consistente a partir dos 40, 45 anos.

É nessa fase que a mulher entra na menopausa que é a ausência completa e definitiva da menstruação. A menopausa também pode aparecer de forma precoce, por volta dos 35 anos. Os sintomas mais comuns são ondas de calor, baixa libido, secura vaginal, dores de cabeça e insônia.

Anovulação

A anovulação é o nome da ausência da ovulação. Ou seja, é quando o ovário não consegue liberar o óvulo para a fecundação por causa de alguma doença, alteração hormonal ou também por hábitos pouco saudáveis, como alimentação errada ou exagero na prática de atividade física.

Amenorreia

É chamado de amenorreia o período em que a menstruação não acontece. A amenorreia é bastante comum no começo da menstruação, até os 16 anos da mulher. Mas também pode acontecer ao longo da sua vida, pelos mesmos motivos citados anteriormente.

Como saber se eu estou ovulando?

Algumas mulheres experimentam sintomas característicos da ovulação e que podem ser úteis na hora de identificar o melhor período para manter relações sexuais e engravidar. Assim, você pode observar se o seu corpo apresenta sinais, como:

  • Dor pélvica, em forma de pontada e com duração de cerca de um dia;
  • Muco vaginal mais grosso e pegajoso, parecido com uma gelatina;
  • Aumento da libido e do desejo sexual;
  • Aumento da temperatura corporal;
  • Aumento do apetite.
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Para resultados mais precisos, a mulher pode realizar o teste de ovulação que mede o nível de LH, o hormônio luteinizante. Esse hormônio é produzido em alta quantidade durante o período fértil. O teste é encontrado em farmácias e oferece resultados bastante fidedignos.

Como vimos, existem diversos fatores que podem impedir a ovulação, desde alguns hábitos diários até doenças ginecológicas, além de alterações hormonais. Para um diagnóstico correto e individualizado, procure um ginecologista e descubra como ele pode ajudar você a engravidar mais rápido, ainda que apresente alguns dos obstáculos apresentados.

 

No video, a ginecologista Juliana Amato explica sobre o ciclo menstrual e suas fases, como a fase folicular, a ovulatória e a lútea. Ela também fala sobre os hormônios envolvidos na ovulação e a relação entre esses hormônios e a TPM. A duração do ciclo menstrual também é mencionada e como ele pode variar de mulher para mulher. A média geral é de 28 dias.

Olá, você conhece o seu ciclo menstrual? Meu nome é Juliana Amato, eu sou ginecologista e hoje eu vou conversar um pouquinho sobre o seu ciclo. Vamos conhecer um pouquinho o seu corpo. O que é o ciclo menstrual? O ciclo menstrual nada mais é do que as alterações, as flutuações hormonais normais que ocorrem no corpo de qualquer mulher que culminam com a menstruação, a ovulação e a gravidez ou a menstruação novamente. Tão vamos entender um pouquinho como funciona? A primeira fase do nosso ciclo ela é chamada de fase folicular, ela começa quando a gente menstrua, ou seja, no primeiro dia da menstruação e ela dura mais ou menos quatorze dias, o que ocorre nessa fase é que a gente tem o aumento da produção de um hormônio chamado FSH que atua ali no nosso ovário e faz ele produzir mais estrogênio e ele tem uma ação no endométrio aonde ele faz proliferar a camadinha de dentro do útero que é chamada endométrio aonde o o embrião ele vai se fixar se ocorrer a gravidez. Então esses catorze dias é uma preparação do nosso corpo pra uma possível gravidez. Aí ocorre uma segunda fase do ciclo que é a chamada fase ovulatória aonde a gente tem um pico de um hormônio chamado LH e quando a gente tem pico hormonal a gente tem a eclosão do folículo e a liberação do óvulo, ou seja, a gente tem a ovulação propriamente dita e ela demora mais ou menos de dezesseis a trinta e duas horas. Aqui se acontecer uma relação sexual desprotegida e ocorrer a fecundação a gente vai ter a formação do corpo lútio que vai produzir hormônios pra manter uma gravidez. Se essa fecundação não ocorre dali dez dias a gente menstrua, a mulher volta a menstruar e essa fase pós-ovulação é chamada de fase lútea. Se engravidou produz o corpo lútio, esse corpo lútio ele vai produzir progesterona pra manter essa gravidez, não menstruou, todos os hormônios cai novamente dez dias depois a menstruação vem. É nessa fase que ocorre a TPM que a gente fica mais irritada, a gente tem dores de cabeça, né? A tem mais vontade de comer doce e isso ocorre porque esses hormônios eles estão nessa flutuação hormonal pra voltar a um ciclo novo. O ciclo menstrual, ele tem uma duração variável. Então, nas mulheres, normalmente, eles podem variar de vinte e um dias até trinta e cinco dias e a média na população geral é que dure vinte e oito dias. Então, se a gente for pensar em fazer uma tabelinha, a gente vai contar aqueles dias da tabelinha como se fosse a ovulação no décimo quarto dia pra quem tem um ciclo de vinte e oito dias pra quem não tem esse ciclo de vinte e oito dias pra ciclos que variam de vinte e um pra ciclos que variam de trinta e dois a trinta e cinco dias essa contagem já não funciona. Então o ideal é que você conheça seu corpo, o funcionamento do seu ciclo menstrual, a duração entre uma menstruação e outra e você faça um referente ao seu ciclo menstrual bem individualizado, assim você vai conseguir fazer o cálculo da data que você vai ter a sua ovulação. Um artifício que ajuda muito são os aplicativos de controle de ciclo. Você já coloca as datas da sua menstruação ali, você pode colocar dois meses antes, o mês atual e você vai ter uma referência pro seu próximo ciclo quando que vai ser o seu período fértil e quando você vai novamente, assim você podendo programar uma uma gravidez ou programar uma viagem que você não quer tá menstruada na data. Se você gostou desse vídeo, inscreva-se aqui no nosso canal, dê o seu like e ative o sininho de notificação. Até a próxima. E

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Conclusão

Em resumo, a ovulação é uma fase vital do ciclo menstrual da mulher, pois é o momento onde há chances reais de uma mulher conseguir engravidar. Entretanto, existem alguns fatores que podem impedir a ovulação e causar infertilidade, tais como o uso de anticoncepcionais, desequilíbrio hormonal e outras situações como estresse, mudanças bruscas de peso e prática de atividades físicas em excesso ou ausência total de exercícios físicos. É importante conhecer e entender esses fatores para que possamos tomar medidas preventivas e corretivas para garantir a saúde reprodutiva. É importante sempre buscar ajuda médica para identificar e tratar qualquer problema relacionado à ovulação e buscar a realização de um planejamento familiar saudável.

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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