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A história do espermatozóide

Embarque nesta jornada épica e deslumbrante pelo corpo humano em “A Maratona dos Espermatozoides”! Sinta como se estivesse na pele de um espermatozoide, enfrentando o desafio de atravessar a hostilidade ácida da vagina, sobreviver aos ataques das células imunológicas e nadar contra correntes para alcançar o óvulo. Esta é uma corrida pela vida e pela continuação da espécie – uma maratona biológica de proporções imensas, equivalente à distância entre o Rio e São Paulo.

Explore o incrível design e as habilidades de um espermatozoide, desde sua hélice Turbo 3D até sua sofisticada técnica de sacudir a cabeça. Sinta a tensão da decisão entre seguir à direita ou à esquerda nas trompas de falópio e a emoção ao seguir a trilha química emitida pelo óvulo. E, finalmente, a alegria e a decepção quando um único vencedor consegue penetrar o óvulo, enquanto os outros são deixados para trás.

Prepare-se para uma aventura repleta de surpresas, suspense e descobertas científicas. Você nunca mais verá a concepção da mesma maneira!

Quando são liberados, os espermatozoides têm uma maratona pela frente.
Comparando conosco, é como se tivessem que percorrer uma distância maior, que é entre o Rio e São Paulo.
Muitos
espermatozoides morrem na vagina. A região é muito ácida e as células imunológicas da mulher não matam apenas bactérias e fungos, mas também, sem querer,
espermatozoides.
Ainda bem que o sêmen é viscoso e denso, e nós somos muitos.
Vamos, colegas!
Enquanto os espermatozoides lutam para sobreviver, o óvulo desliza lentamente na direção das trompas de falópio. Durante
o orgasmo, por exemplo, a vagina, o útero e o colo do útero se contraem ritmicamente. Dessa forma, a probabilidade do espermatozoide ser sugado para o útero é maior.
Uhul! Isso que é viagem!
Que pena, acabou!
Ainda bem que meu motor de navegação funciona!
O esperma se torna mais líquido e os espermatozoides cada vez mais ativos. Eu
confio na minha hélice Turbo 3D e na minha sofisticada técnica de sacudir a cabeça!
Os espermatozoides se orientam pela parede do útero e
nadam cada vez mais rápido.
E agora?
Para a direita ou para a esquerda?
O truque que usam para identificar a trompa de falópio correta ainda é desconhecido.
Direita?
Esquerda? Não, direita!
Os pelinhos nas paredes da trompa de falópio transportam o óvulo.
O fluxo de fluido destes pelos ajuda o deslocamento dos espermatozoides.
Sempre em frente!
Muitos espermatozoides se perdem nas trompas de falópio.
Mas pouco antes da meta, o óvulo ajuda na orientação.
Ele emite prostaglandina.
O esperma segue essa trilha química. Olha lá!
Já posso ver!
Já vou preparar minhas enzimas de penetração!
A membrana que envolve o óvulo é formada por glicoproteínas.
Os espermatozoides tentam perfurá-la.
Estou chegando!
E nesse momento mágico, um espermatozoide consegue penetrar.
Ele se desprende da cauda e, no mesmo instante, o óvulo fecha sua membrana.
Os espermas restantes ficam de fora.
Mas que droga!

Você sabia que o esperma humano é muito diferente de qualquer outra célula do corpo humano? Embora seja a única célula humana projetada para se deslocar para fora do corpo para cumprir o seu propósito, a ciência dessas células está atrasada em relação a outros estudos sobre o corpo humano. No entanto, isso nem sempre foi assim, em 1677 Anton van Leeuwenhoek observou o esperma vivo pela primeira vez, gerando o novo campo da biologia espermática. Ainda há muito que não sabemos sobre o esperma, mas desvendar seu código pode pavimentar o caminho para um contraceptivo masculino algum dia. Confira a história da pesquisa dos espermatozoides em Smithsonian, que menciona até um “espermatozoide tatuado em seu braço”. Além disso, descubra as principais causas de infertilidade de origem masculina e os tratamentos que envolvem o espermatozóide, como o congelamento de sêmen, a reversão de vasectomia e a punção de epidídimo.

O esperma humano é muito diferente de qualquer outra coisa no corpo. É o único tipo de célula humana projetada para se deslocar para fora do corpo para cumprir o seu propósito. E, no entanto, a ciência dessas células está atrasada em relação a outros estudos sobre o corpo humano. Essa pesquisa teve um início bastante abalado. Anton van Leeuwenhoek desenvolveu o microscópio composto e foi o primeiro a observar através dele o esperma vivo, em 1677.

Examinando sua própria ejaculação, ele ficou imediatamente chocado com os minúsculos “animais” que ele encontrou se retorcendo adentro.

Hesitante até mesmo em compartilhar suas descobertas com os colegas – Leeuwenhoek escreveu hesitantemente à Royal Society of London sobre sua descoberta em 1677. “Caso o Senhor venha a considerar que essas observações podem desgostar ou escandalizar o que foi aprendido, eu imploro sinceramente ao Senhor que as considere particulares e que as publique ou as destrua, conforme o Senhor considerar oportuno”.

Seu Senhorio (também conhecido como o presidente da Royal Society) optou por publicar as descobertas de van Leeuwenhoek na revista Philosophical Transactions em 1678, gerando assim o novo campo da biologia espermática.

É difícil exagerar quão misteriosas essas contorcidas, microscópicas vírgulas teriam parecido aos cientistas na época. Antes da descoberta desses “animálculos”, as teorias de como os humanos fabricavam mais humanos variaram amplamente. Por exemplo, alguns acreditavam que o vapor emitido pela ejaculação masculina de alguma forma estimulava as mulheres a produzirem bebês, enquanto outros acreditavam que os homens realmente criavam bebês e os transferiam para as mulheres para incubação.

Seria preciso mais 200 anos para os cientistas descobrirem como os bebês eram feitos, exatamente. Mas a pesquisa de espermatozoides continuou, e ainda há muito que ainda não sabemos. Desvendar o código sobre do que o esperma é feito e como ele se comporta vai pavimentar o caminho para um contraceptivo masculino algum dia. Talvez. Leia a história da pesquisa dos espermatozoides em Smithsonian, menciona até um “espermatozoide tatuado em seu braço”.  

 

Veja as principais causas de infertilidade de origem masculina e os tratamentos que envolvem o espermatozóide: 

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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