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Diferença entre fertilização in vitro e inseminação intra uterina. FIV vs IIU.

A jornada para a concepção pode ser desafiadora para muitos casais, especialmente aqueles que enfrentam problemas de fertilidade. Entre as opções disponíveis de tratamento de fertilidade, a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV) são duas das mais comuns. Embora ambas visem facilitar a concepção, elas diferem significativamente em termos de procedimento, complexidade e indicações.

Resumo

Juliana Amato, ginecologista e obstetra, explica as diferenças entre dois métodos de reprodução assistida: inseminação intrauterina e fertilização in vitro. A inseminação intrauterina é um procedimento de baixa complexidade que envolve a indução de ovulação e a inserção de espermatozoides capacitados diretamente no útero, adequada para mulheres abaixo de 35 anos sem problemas significativos de saúde. Já a fertilização in vitro é um tratamento de alta complexidade que envolve a indução de múltiplas ovulações, aspiração dos óvulos e fertilização em laboratório, indicado para casais com problemas de saúde que afetam a fertilidade ou que tentam engravidar há muito tempo.

Transcrição

Olá meu nome é Juliana Amato.  Sou ginecologista e obstetra  e hoje nós vamos falar da diferença  dos tratamentos entre fertilização  in vitro e inseminação  intrauterina.  Eu recebo muitas mensagens  perguntando; e existe  muita dúvida sobre o que é um  tratamento ou outro.  Então vamos lá.  A inseminação intrauterina  é um tratamento de baixa  complexidade em reprodução  assistida.  Ele consiste em indução da ovulação  controle ultrassonografico  para monitorar o crescimento dos  folículos.  Os folículos: existem  dentro do nosso ovário e o  crescimento deles.  é que ocorre a nossa ovulação  dentro de cada folículo existe  um óvulo.  Então ele vai estimular a ovulação.  A partir do momento que a gente vê  no ultrassom que está  para ovular com o marido  o parceiro ele vai a um laboratório  a gente faz um preparo de sêmen.  Um processado  seminal com os  espermatozoides mais capacitados  e coloca, por meio de uma sonda,  esses espermatozoides dentro  da cavidade uterina da mulher  quando ela estiver ovulando.  É de baixa complexidade;  não é necessário  anestesia e é feito  em consultório.  A gente utiliza mais a inseminação  artificial em pacientes abaixo  de 35 anos.  Que não tenham nenhum  fator de risco  ou nenhum problema de saúde  que impeça a inseminação  artificial como uma  obstrução tubárea como  algum problema masculino com baixa  de espermatozoides.  É um tratamento mais tranquilo mas  que tem as suas indicações  não é para ser feito em todos os  casais.  Já a fertilização in vitro:  a fertilização in vitro  é tida como um tratamento de alta  complexidade.  Onde a gente induz a ovulação  da mulher por meio de medicações.  Essa ovulação é monitorada  através de ultrassom transvaginal.  Esses folículos crescem  e a intenção na fertilização in  vitro é que mais de  um folículo cresça e que  vários folículos cresçam para a  gente conseguir um número  maior de óvulos para fazer o  tratamento dessa paciente.  A partir do momento que essa  paciente está para ovular nós  vamos ao Laboratório de Reprodução  Assistida que é um espaço  específico. É  onde a gente manipula o material  biológico.  Essa paciente toma  uma anestesia enorme de 20  a 30 minutos e por meio de  ultrassom transvaginal  guiado; por uma agulha a gente  aspira esses óvulos.  Nesse mesmo momento  o parceiro colhe o espermatozoide.  A bióloga seleciona  os melhores e faz fertilização  in vitro em laboratório.  O famoso bebê de proveta.  Esse processo ele dura  mais ou menos 15 a 20  dias.  O processo todo entre a estimulação  da ovulação e a fertilização  in vitro.  Ele é usado para Casais  acima de 35 anos  que tenham algum problema  de saúde que cause  infertilidade como uma obstrução  tubárea; como  uma azoospermia no homem  ou quando tem um fator associado  entre o homem e a mulher  ou simplesmente quando já está  há muito tempo tentando e não  conseguindo engravidar.  Essas são basicamente  as diferenças entre inseminação  artificial e fertilização  in vitro.  Se você gostou do nosso vídeo se  inscreva no canal.  Deixe seu like, comente abaixo  e ative o sininho de notificação  para receber mais vídeos.

Inseminação Intrauterina: Uma Abordagem Menos Invasiva

A inseminação intrauterina é considerada um tratamento de baixa complexidade e é frequentemente o primeiro passo para casais que não têm problemas graves de fertilidade. O processo envolve a estimulação da ovulação da mulher, geralmente através de medicamentos que promovem o desenvolvimento de um ou mais folículos nos ovários. Um acompanhamento por ultrassonografia é realizado para monitorar o crescimento desses folículos.

No momento adequado, um procedimento simples é realizado no consultório do médico, onde o sêmen do parceiro, previamente preparado para enriquecer a concentração de espermatozoides, é inserido diretamente no útero da mulher. Esse método aumenta a quantidade de espermatozoides que chegam às trompas de Falópio, o local da fertilização, melhorando assim as chances de concepção.

A IIU é particularmente recomendada para mulheres com menos de 35 anos que não possuem obstruções tubárias ou problemas de saúde significativos que afetem a fertilidade.

Fertilização In Vitro: Uma Solução de Alta Complexidade

Em contraste, a fertilização in vitro é um procedimento de alta complexidade e geralmente é indicada quando outros métodos de tratamento de fertilidade falharam, ou em casos de problemas mais graves, como obstrução tubária completa ou baixa contagem de espermatozoides. Durante a FIV, medicamentos são usados para induzir a produção de múltiplos óvulos. O crescimento e desenvolvimento desses óvulos são cuidadosamente monitorados por ultrassonografia.

Quando os óvulos estão prontos para serem coletados, eles são aspirados dos ovários em um ambiente controlado de laboratório. Ao mesmo tempo, o sêmen é coletado e os espermatozoides mais saudáveis são selecionados para fertilizar os óvulos. Os embriões resultantes são cultivados no laboratório por alguns dias antes de serem transferidos de volta ao útero.

Este processo é mais complexo e geralmente mais caro do que a IIU, mas oferece taxas de sucesso significativamente mais altas, especialmente para casais com problemas de fertilidade mais desafiadores.

Conclusão

Ambos os tratamentos oferecem esperança para muitos casais que lutam contra a infertilidade. A escolha entre IIU e FIV dependerá de vários fatores, incluindo a idade da mulher, a natureza dos problemas de fertilidade enfrentados e as experiências anteriores com tratamentos de fertilidade.

Ao considerar opções de tratamento de fertilidade, é crucial consultar um especialista em fertilidade que possa oferecer orientação baseada na situação específica do casal e nos seus objetivos reprodutivos.

Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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