Ligada à oncologia, a oncofertilidade é a parte da medicina que cuida da fertilidade dos pacientes com câncer.
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia cerca de 50% dos pacientes submetidos a tratamentos oncológicos têm risco de perder sua capacidade reprodutiva após o tratamento, podendo esta perda ser transitória ou até permanente.
Durante o tratamento de combate ao câncer os quimioterápicos e/ou radioterápicos, mesmo que sejam administrados em doses ou radiações pequenas, agridem os ovários e testículos, causando danos às células germinativas responsáveis pela fertilidade.
Como a oncofertilidade pode auxiliar na prevenção da fertilidade?
A principal aliada é a criopreservação, ou seja, o congelamento de espermatozoides, ovócitos, embriões ou até mesmo tecido ovariano e testicular, antes de serem iniciadas as seções de quimio e/ou rádio.
Para os homens o procedimento é feito através do recolhimento de amostras de sêmen, permitindo uma boa reserva produtiva. Já para as mulheres, alguns exames precisam ser realizados, como avaliação da reserva funcional dos ovários, dosagem dos hormônios, ultrassom e por fim uma estimulação ovariana, como no procedimento de fertilização in vitro, a fim de recolher alguns óvulos que serão guardados até que a paciente encerre o tratamento contra o câncer.
A oncofertilidade tem ajudado muitos pacientes e é importante que ambos os médicos, tanto o que trata do câncer, como o especialista em fertilidade, trabalhem juntos para o sucesso do tratamento e a garantia de que o paciente seja curado e realize o desejo de ter filhos.