Pular para o conteúdo

Tenho síndrome dos ovários policísticos e estou infeliz

O que achou? post

Essa não é uma frase incomum para muitas mulheres… A síndrome dos ovários policísticos é a doença hormonal mais frequente da mulher em idade reprodutiva. Costuma ser diagnosticada ainda na adolescência e está associada a um quadro de sintomas bem característico que compreende a irregularidade menstrual, a acne, a obesidade, aumento de pelos no rosto e corpo e em casos mais avançados a dificuldade para engravidar  – nem todos esses sintomas precisam estar presentes dependendo do grau da doença.

Apesar de ter características que podem ser medidas ou avaliadas por exame físico, exame de imagem e de laboratório (alterações hormonais típicas), a mulher com síndrome dos ovários policísticos também pode apresentar sintomas de ansiedade e de depressão, assim como dificuldade nos relacionamentos (pessoal e sexual).

 

A presença de sintomas psicológicos em mulheres com a síndrome muitas vezes exige tratamento específico, não podendo passar despercebida. A ausência de tratamento para esses distúrbios está associada a uma maior necessidade de tratamento de outras doenças como também aumenta a chance de desenvolver doenças cardiovasculares.

Algumas vezes as pacientes escondem os sintomas emocionais que sentem de determinado médico especialista, ou por medo ou por acreditarem que nada tem a ver com a “doença que apresentam” no momento.  Mas ambos, médico e paciente, não podem esquecer que não há queixas irrelevantes e que todos os problemas podem ser abordados no seu devido tempo.

Sofrer em silêncio é uma realidade para muitas mulheres que não se queixam, seguem em frente e muitas vezes esquecem de si mesmas. O efeito disso normalmente é uma sobreposição de doenças e transtornos em uma vida cansada, confusa e infeliz. É importante expressar o que se sente e, mais importante ainda, saber pedir ajuda e ter em quem confiar.

Fonte: Amato, JLS. Em Busca Da Fertilidade. 2014

 

Veja mais:

Bazarganipour et al. Health and Quality of Life Outcomes 2013, 11:141 – Psychological investigation in patients with polycystic ovary syndrome -Fatemeh Bazarganipour, Saeide Ziaei, Ali Montazeri, Fatemeh Foroozanfard, Anoshirvan Kazemnejad and Soghrat Faghihzadeh5

Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

>