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O que é adenomiose?

Algumas mulheres apresentam partes da camada glandular interna misturadas à camada muscular intermediária, isso é o que conhecemos como adenomiose.

útero é composto por três camadas, são elas: endométrio, que é a porção interna, miométrio que é o estrato intermediária e serosa que é a camada externa.

No entanto, não se sabe ao certo o motivo dessas camadas se misturarem e causarem essa doença.

Além disso, muitas vezes pode ser confundida com outra doença.

Confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre a adenomiose e seus sintomas.

Sumário

No vídeo, Juliana Amato aborda a adenomiose, uma condição uterina em que o tecido endometrial se encontra na camada muscular do órgão. Essa doença pode ser classificada como focal ou difusa e apresenta sintomas semelhantes à endometriose, como dor, irregularidades menstruais, aumento do fluxo e do tempo de ciclo, além de possíveis problemas como infertilidade e hemorragias intensas. Normalmente, afeta mulheres com mais de 30 anos que já tiveram filhos.

As causas exatas da adenomiose ainda são desconhecidas, mas algumas teorias sugerem que alterações hormonais, inflamação crônica e traumas uterinos, como cirurgias prévias, podem estar relacionados. O diagnóstico é realizado com base nos sintomas, exame físico e exames complementares, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética.

O tratamento depende da gravidade da doença e pode envolver anti-inflamatórios, progesterona oral ou por meio de DIU hormonal e, em casos mais severos, procedimentos cirúrgicos como histerectomia ou embolização arterial uterina. Juliana ressalta a importância de consultar um ginecologista para obter um diagnóstico correto

Olá, meu nome é Juliana Amato e hoje nós estamos aqui nesse vídeo e vamos conversar sobre um assunto que muitas mulheres tem dúvida sobre adenomiose. Afinal de contas, você sabe o que é adenomiose? A adenomiose ela é uma doença que acontece no útero e ela é caracterizada pela presença de tecido glandular endometrial dentro da camada muscular do útero. Vamos ver aqui nesse desenho que eu vou um pouquinho melhor. Aqui é ver aqui nesse desenho que eu vou um pouquinho melhor. Aqui é a representação de um útero, a gente vê que essa parte mais grossa e mais rosinha é a muscular uterina, ou seja, é a parede do útero. Dentro dessa parede do útero na parte interna, a gente tem essa camada mais vermelhinha aqui que é o nosso endométrio. O endométrio, ele é sensível às alterações hormonais de um ciclo então ele prolifera numa fase determinada do nosso ciclo menstrual se você tiver relação ocorrer fecundação e gravidez é aqui nesse endométrio proliferado que o embrião ele vai fixar e se desenvolver. Se não ocorre a fecundação nesse ciclo menstrual não ocorre a gravidez o que ocorre é que esse tecido de dentro do útero ele involui e descama essa descamação é a nossa menstruação. Então aqui a gente pode entender um pouquinho o que é adenomiose, é a presença desse tecido endometrial na musculatura aqui do útero, o que não é normal. Essa adenomiose ela pode ser focal ou difusa. Focal é quando ela fixa-se apenas em um pedacinho dessa muscular do útero e difusa é quando tem representações do endométrio espalhadas pela essa camada muscular uterina. E o que que é a adenomiose ela causa? Ela causa uns sintomas muito parecidos com a endometriose. Então quando você começa a ter esses sintomas é bom procurar um médico pra fazer um diagnóstico diferencial dessa dor? A adenomiose ela pode cursar com dor, com irregularidade menstrual às vezes ou por aumento do fluxo aumento do número de dias que fica menstruada ou por alteração de duração de ciclo, ou seja, um ciclo fica mais pertinho do outro. Além disso, em casos mais avançados, a mulher ela pode ter um sangramento tão intenso muito parecido com uma hemorragia. Esse endométrio fora do local aonde ele é proposto a ficar, ele pode causar uma inflamação crônica, então adenomiose ela pode tá associada com infertilidade por esse processo inflamatório crônico que ocorre na parede do miométrio. E quem tem adenomiose? Normalmente são mulheres acima dos trinta anos e particularmente naquelas que já tiveram filhos. E por que que a gente tem essa adenomiose? Quais são as causas de adenomiose? Na verdade elas não são muito conhecidas atualmente. Existem algumas teorias que propõe porque que ela ocorre e dentro dessas a gente pode citar algumas, como alterações hormonais, uma inflamação crônica desse tecido endometrial fazendo com que ele penetre nas camadas da muscular do útero e também a gente vê alguns casos associadas com trauma uterino e o que seria um trauma uterino? Seriam pacientes que já fizeram cirurgias uterinas prévias como retirada de mioma como cesariana e também até encuretagem. E o diagnóstico, como que ele é feito? que ele é feito? A gente baseia nos sintomas clínicos da paciente, então nos sintomas que ela vem em consulta e ela fala pra gente o que tá sentindo. Além disso, no exame fala pra gente o que tá sentindo. Além disso, no exame físico também vai falar alguma coisa a respeito pra gente. Se no toque uterino, esse útero, a gente médico, a gente percebe que esse útero ele tá um pouquinho maior do que deveria estar pra aquela mulher naquela idade e a paridade dela. Além disso, alguns exames também podem ser feitos e que vão elucidar o caso pra gente, como uma ultrassonografia pélvica transvaginal e até uma ressonância magnética que vai diferenciar se é uma denomiomiose, se é uma endometriose, se pode ser casos de miomas, então a gente tem esse arsenal de exames que podem nos ajudar a fazer um diagnóstico. Existem sinais bem específicos em cada um desses exames. E o tratamento, como que ele é feito? O tratamento ele depende muito do grau da doença. Se for uma adenomiose mais focal mais bem estabelecida num determinado local que não dá muitos sintomas aí talvez um anti-inflamatório, às vezes a gente usa até a progesterona, a gente pode usar a progesterona oral ou a progesterona liberada pelo DIU hormonal que vai fazer que esse endométrio não prolifere, diminuindo a inflamação nos ciclos menstruais e suspendendo a menstruação. E nos casos mais graves quando a mulher ela tem mais sintomatologia, mais sangramento, mais dor, pode ser indicado dois tipos de cirurgia. Para os casos mais graves mesmo com com uma adenomiose mais difusa, a histerectomia pode ser indicada, a histerectomia é aquela cirurgia de retirada do útero ou em casos em que o existe o sangramento, mas a gente consegue controlar melhor pela embolização uterina a gente indica a cirurgia de embolização das artérias uterinas. E o que é essa cirurgia de embolização? É uma cirurgia minimamente invasiva aonde a gente acessa o local pelos vasos ou da virilha ou do braço e a gente chega lá na circulação do útero, injeta microembulos que vão fechar a circulação e vão diminuir o acesso a porte de sangue praquela região diminuindo os sintomas. Então se você tem uma dor e você tá na dúvida do que possa ser, é interessante você procurar o seu ginecologista, comentar sobre os seus sintomas e fazer um diagnóstico mais preciso. 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O que é adenomiose?

Em resumo, adenomiose é a presença de glândulas endometriais no miométrio.

Essa doença pode ocorrer com 5% até 70% das mulheres em diferentes populações.

Além disso, já foi conhecida como endometriose do útero ou endometriose interna.

Porém, hoje já se descobriu que são doenças diferentes e, inclusive, podem coexistir, de fato em média 12% das mulheres com adenomiose têm endometriose.

A adenomiose pode ser focal ou difusa. A difusa é caracterizada pela presença generalizada de tecido endometrial na musculatura do útero. Enquanto a focal caracteriza-se por nódulos que podem se formar dentro do miométrio, chamados de adenomiomas.

Além disso, pode ter profundidade superficial ou profunda. Na superficial a parte do útero afetada é de um terço da parede do útero, já na profunda é mais de um terço.

Sintomas.

Os sintomas podem não aparecer em um terço das mulheres que têm a doença.

No entanto, naquelas que apresentam sintomas da adenomiose, geralmente são:

  • Aumento do volume do útero.
  • Coágulos no fluxo menstrual.
  • Aumento do fluxo menstrual.
  • Cólicas menstruais intensas.

Diagnóstico.

Geralmente, a adenomiose é mais frequente em mulheres que já engravidaram e com mais de 35 anos.

Porém, não significa que pacientes mais jovens não podem ter a doença, principalmente aquelas que fizeram cirurgias no útero como curetagem uterina, que é mais comum de desenvolver a doença.

O diagnóstico é feito através de ultrassonografia da pelve ou pela ressonância magnética da pelve.

Além disso, alguns aspectos identificados na ultrassonografia podem ser relacionados a doença, são eles:

  • Cistos miometriais.
  • Espessura miometrial assimétrica que não são causadas por miomas.
  • Aumento do volume uterino.
  • Estrias miometriais hipoecoicas.
  • Textura miometrial heterogênea.
  • Finas linhas hiperecogênicas estendendo-se do endométrio para o miométrio.
  • Ilhas hiperecogências miometriais.
  • Espessamento ou interrupção do halo subendometrial.
  • Junção endométrio-miométrio irregular ou indistinta.
  • Nódulo miometrial heterogêneo e mal definido conhecido como adenomioma.
  • Distribuição irregular dos vasos sanguíneos no interior de uma lesão miometrial.
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Esses são alguns sinais que podem ser identificados na ultrassonografia por um especialista.

Tratamento para adenomiose.

Existem algumas opções de tratamento para adenomiose. Por exemplo, o uso de medicamentos, ou por meio de procedimentos cirúrgicos para remover o excesso de tecido, além disso, pode ser feito um processo cirúrgico para retirar o útero todo. A embolização uterina também é um procedimento que alivia os sintomas.

Acima de tudo, o tipo de tratamento depende de alguns fatores, como idade da mulher e gravidade dos sintomas.

Além disso, o tratamento deve ser orientado por um especialista.

Alguns tipos de tratamentos que podem ser usados são:

  • Embolização de artéria uterina.

É um tratamento simples e seguro, geralmente o procedimento leva de 30 a 60 minutos.

A embolização de artéria uterina consiste em introduzir um cateter numa artéria da virilha ou punho. Guiada or imagem, o cateter é levado até o útero onde levará a obstrução dos vasos responsáveis por nutrir a adenomiose.

  • Medicamentos anti-inflamatórios.

O medicamento é utilizado para tratar as dores intensas no período menstrual.

O tratamento deve começar 3 dias antes do ciclo menstrual e mantido até o fim do período.

  • Medicamentos hormonais.

Medicamentos hormonais com progesterona e estrogênio podem ser indicados para impedir a menstruação e consequentemente as dores causadas.

O tratamento pode ser feito com pílulas anticoncepcionais, DIU, anel vaginal ou adesivo anticoncepcional.

Além disso, esse tratamento não é indicado para mulheres que estão tentando engravidar.

  • Cirurgia.

Nos casos do excesso de tecido endometrial dentro do útero não se encontrar muito penetrado dentro do músculo uterino pode ser feita a cirurgia para retirar esse excesso de tecido.

Mas, em casos mais graves, muitas vezes é feita a histerectomia (retirada total do útero).

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No entanto, depende é claro do desejo da mulher de engravidar ou não, sendo descartada então a cirurgia para retirada total do útero.

Acima de tudo, o tratamento adequado deve ser feito antes da mulher engravidar, para não correr o risco de ter uma gravidez ectópica, dificuldade na fixação do embrião e aborto.

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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