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A próstata e a infertilidade masculina

A próstata é uma glândula do corpo humano, formada por várias zonas distintas, cuja secreção é associada ao líquido seminal.

A zona central, é por onde o esperma passa para a uretra, ao redor dos canais ejaculadores;
A zona de transição é a área onde ocorre o aumento benigno tão comum chamado de hiperplasia benigna da próstata;
A zona periférica é a área onde mais frequentemente se originam os tumores malignos (câncer);
A zona ou estroma fibromuscular anterior consiste na parte não glandular, composto por tecido muscular e fibroso.

Sua base está encostada na bexiga urinária e a primeira parte da uretra perfura a próstata longitudinalmente no seu centro. Por isso quando com hiperplasia dificulta a micção.

A função principal da próstata na reprodução humana é produzir e armazenar um liquido incolor e ligeiramente alcalino (pH 7.29) que constitui de 10 a 30% do volume do fluido seminal, que juntamente com os espermatozóides forma o sêmen. As enzimas e o antígeno prostático específico (PSA) são importantes para manter o esperma líquido, de modo que possa fluir adequadamente e ajudando no movimento adequado dos espermatozoides. Portanto, a próstata é um coadjuvante importantíssimo na fertilidade masculina.

As principais doenças que atingem a próstata são a hiperplasia prostática benigna, a prostatite e o câncer de próstata.

Correlação da próstata com a infertilidade masculina:

  • Prostatite: A prostatite é a segunda principal causa de infertilidade masculina. A prostatite é mais comum em homens com menos de 50 anos e, normalmente, é causada por bactérias (Escherichia coli, a mesma que causa as infecções urinárias). Aparece como uma dor na região genital e dor para urinar, aumento da frequência de idas ao banheiro e febre. Pode ser também uma doença crônica (que dura alguns meses) e que se manifesta com uma dor pévica (na bacia), disfunção erétil, presença de sangue no sêmen entre outras coisas. Às vezes a dor inomoda tanto que pode dificultar ou impedir o exame físico realizado pelo médico urologista. Para se fazer o diagnóstico, além da história do paciente e do exame físico, são importantes o exame de urina e a procura de bactérias no sêmen. A presença da infecçãopode ocasionar diminuição na produção e qualidade do líquido produzido pela próstata, o que pode acabar dificultando a reprodução. A prostatite pode levar também à ejaculação precoce e a dificuldades com a ereção, causas secundárias de infertilidade. O tratamento com antibióticos e anti-inflamatórios costuma melhorar a eventual disfunção sexual e a infertilidade provocada pela prostatite, mas deve ser acompanhada por médico especialista. O retorno da fertilidade vai depender de qual o estágio em que se encontra a doença – ela pode ser aguda ou evoluir para crônica. Em alguns casos de prostatite crônica, o homem desenvolve um distúrbio chamado de azospermia (falta de espermatozoides no sêmen). Isso acontece quando a infecção crônica obstrui as vias da próstata e impede o encontro do espermatozoide com o líquido seminal. Nesse estágio o homem vai conseguir engravidar sua parceira com o auxilio das técnicas de reprodução assistida: punção ou biópsia nos testículos.
  • Câncer de próstata: Tratamento para câncer de próstata pode causar efeitos colaterais que incluem a infertilidade. O câncer de próstata não tem relação direta com a fertilidade. Porém, a quimioterapia e radioterapia comprometem a fertilidade do homem. Nessa situação deve-se considerar a possibilidade do congelamento de sêmen, que pode ajudar a realizar o desejo de ter um filho. Independente da idade, e da origem do câncer, o homem deve considerar o congelamento, feito em clínica de reprodução humana.

Tratamentos de infertilidade masculina relacionadas com a próstata (direta ou indiretamente):

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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