Assim como se congela sêmen e óvulos, pode-se congelar embriões.
O congelamento ou a criopreservação de embriões é um procedimento realizado quando existem embriões excedentes e de boa qualidade após uma tentativa de Fertilização in Vitro (FIV) ou Fertilização in Vitro com Micromanipulação de Gametas (ICSI). Somente 20-30% dos ciclos de Fertilização in Vitro terminam com embriões excedentes e com qualidade adequada para congelar! Assim, ter embriões excedentes de bons para congelar é uma exceção e não a regra!
Uma outra indicação para congelamento de embriões cada vez mais usada na Fertilidade.org e nos grandes centros de reprodução assistida são os casos de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Hiperestímulo Ovariano. Nestes casos, para a segurança da paciente, evitamos algumas medicações que podem causar a Síndrome e utilizamos outras para fazer o amadurecimento final dos óvulos. Todos os embriões produzidos são criopreservados e a transferência é realizada em outro ciclo sem a necessidade de indução da ovulação e coleta de óvulos. Em algumas situações é realizado este procedimento de transferência de embriões congelados (TEC): o método conhecido como freeze-all, termo em inglês que significa congelar todos os embriões para transferir em ciclo posterior.
O que fazer com os embriões congelados (criopreservados) ?
- Tentar nova gravidez e para isso a paciente não pode ter mais de 50 anos, limite máximo no Brasil definido pelo CFM, para utilização das técnicas de reprodução assistida.
- Doação para pesquisa de Células Tronco-Embrionárias, desde que tenham mais de 3 anos de criopreservação (art. 5º, da Lei Federal de Biossegurança nº 11.105/2005).
- Descarte dos embriões criopreservados com mais de 5 (cinco) anos (Resolução CFM Nº 2.013/13, artigo V).
Obs: Existe também a opção de doação dos embriões para outra pessoa ou casal com objetivo de reprodução, mas a Fertilidade.org não trabalha com esta opção.
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