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HIV, hepatite B e hepatite C no tratamento da Infertilidade

Se você ou o seu parceiro já sabe que tem HIV, hepatite B ou hepatite C, você deve receber ajuda e aconselhamento de um especialista para engravidar.

Casais onde o homem é HIV positivo

Para um homem que é HIV positivo é possível para ter um filho com uma mulher HIV-negativo através de relações sexuais desprotegidas sob circunstâncias específicas.

Se você está tomando medicamentos para HIV conhecidos como HAART (terapia anti-retroviral de alta eficácia) o risco de infecção durante a relação é baixo, desde que todas essas condições sejam atendidas:

  • Você esteja tomando seus medicamentos para HIV corretamente.
  • Exames de sangue mostrem que o vírus não foi detectado (conhecido por ter uma carga viral indetectável) no seu corpo pelos últimos 6 meses.
  • Você não tem outras infecções.
  • Relações sexuais desprotegidas devem ser limitadas ao momento do mês em que a mulher está ovulando e orientadas pelo médico especialista. Veja coito programado. Seus médicos podem ajudar você a determinar os melhores dias para tentar.
  • Não tente sem a orientação e expressa autorização do médico.

É muito importante continuar a usar proteção durante as vezes em que você não está tentando engravidar, para minimizar o risco de passar a infecção.

Se o vírus for detectado no seu sangue, provavelmente não está tomando seus medicamentos para HIV corretamente, ou, se você e o seu parceiro não querem ter relações sexuais desprotegidas, ao invés disso pode ser indicado a “lavagem de sêmen”. Isso envolve separar o espermatozoide do sêmen, o que reduz a chance de transmissão porque o HIV é carregado pelo sêmen. O espermatozoide é então usado para inseminação intra-uterina ou FIV.

Se você puder atender à todas as condições na lista acima, a “lavagem de esperma” pode não reduzir mais o risco de infecção do HIV – pois nunca é possível garantir que o esperma está completamente livre do vírus. A “lavagem de sêmen” pode também reduzir a probabilidade de engravidar se comparada com a concepção natural.

Atendendo a todas as condições da lista acima, o NICE (National Institute for Health and Care Excellence) também não recomenda usar a “profilaxia pré-exposição”, no qual mulheres HIV‑negativas tomam medicamentos anti-retrovirais para reduzir o risco de adquirir o vírus antes de ter relações desprotegidas com um homem que é HIV positivo. Isso é devido à não estar comprovado que haja ainda mais redução no risco de infecção.

Antes de você tomar quaisquer decisões sobre tentar engravidar, tenha uma conversa com ambos os especialistas em HIV (Infectologista) e em Fertilidade.

Casais onde um dos parceiros tem hepatite B

Hepatite B é um vírus que pode infectar e danificar o fígado. Se um de vocês tem hepatite B, seu parceiro pode se beneficiar tomandor a vacina contra Hepatite B, porque a doença pode ser passada através de relações sexuais desprotegidas. Para os homens com hepatite B, não precisa ser indicada a “lavagem de sêmen” antes de fazer um tratamento para fertilidade.

Casais onde o homem tem hepatite C

Hepatite C é outro tipo de vírus de hepatite que também infecta o fígado. Em casais onde o homem tem hepatite C e a mulher não, o risco de infectar o seu parceiro durante as relações sexuais desprotegidas é considerado baixo. No entanto, você deve ter a oportunidade de falar com ambos os especialistas em fertilidade e em hepatite antes de tomar qualquer decisão sobre tentar engravidar. Para os homens, isso deve incluir falar sobre as opções de tratamento para eliminar o vírus do seu corpo.

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  • Dra. Juliana Amato

    Dra. Juliana Amato

    Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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