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A saúde do recém-nascido pode ser afetada pela obesidade da mãe?

A obesidade é uma condição sabidamente associada a diversos outros problemas de saúde. Na gestação ela se torna importante fator de risco para a mãe e para o feto. Gestantes obesas têm maiores chances de desenvolver diabetes gestacional, pressão alta (que pode ser grave ao ponto de ter que interromper a gestação) e fetos muito pesados. A gestação dessas mulheres pode se prolongar além do esperado e elas também apresentam maiores taxas de necessidade de cesariana.
Em relação especificamente ao feto*, a obesidade da gestante está associada ao nascimento de bebês prematuros, que apresentam dificuldades respiratórias, icterícia (amarelão na pele), queda do açúcar no sangue e, portanto, também maiores taxas de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O feto dessas mulheres parece ter maior dificuldade em se adaptar ao trabalho de parto do que o feto de mulheres com o peso adequado para a sua altura. A relação entre alguns desses fatores parece ser diretamente proporcional à obesidade, isto é, quanto mais obesa a gestante maior a chance de parto prematuro, por exemplo.
Os benefícios da redução do peso são incontáveis. A alimentação balanceada e a prática de atividade física durante a gestação podem amenizar os possíveis efeitos negativos  da obesidade sobre a saúde do feto.
Algumas dicas importantes às gestantes incluem beber bastante líquido, dividir as refeições em porções menores durante o dia, de modo a se alimentar a cada duas ou três horas no máximo, consumir bastante frutas e legumes e evitar  comer doces em excesso.
A gestação não é período para fazer dieta para tentar emagrecer, muito pelo contrário, deve haver alimento o suficiente para suprir as necessidades da mãe e do feto, mas de forma balanceada. A amamentação é um processo que consome bastante energia e facilita a perda do peso adquirido na gestação.
O acompanhamento adequando no pré-natal é muito importante para se detectar precocemente algumas alterações que podem decorrer da obesidade e prevenir possíveis danos à gestante e ao bebê.

Leia também:

*JAMA, June 12, 2013—Vol 309, No. 22 – Maternal Obesity and Risk of Preterm Delivery Sven Cnattingius,Eduardo Villamor, Stefan Johansson, Anna-Karin Edstedt Bonamy, Martina Persson, Anna-Karin Wikstro¨m, Fr edrik Granath

*MC Pregnancy and Childbirth 2013 – Neonatal outcomes in obese mothers: a population-based analysis – Anne-Frederique Minsart, Pierre Buekens, Myriam De Spiegelaere and Yvon Englert, Minsart et al. B

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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