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Tratamento do Cisto de Bartolin: Entendendo as Principais Opções

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O cisto de Bartolin é uma condição comum que afeta as glândulas de Bartolin, localizadas nas laterais da abertura vaginal. Assim, quando essas glândulas ficam obstruídas, ocorre o acúmulo de líquido, formando um cisto. Em alguns casos contudo, esse cisto pode evoluir para um abscesso, resultando em dor intensa e desconforto. Felizmente, existem diversos métodos de tratamento disponíveis, que podem ser escolhidos de acordo com a gravidade e a recorrência do cisto.

1. Marsupialização no tratamento do cisto de Bartolin

A marsupialização é um dos métodos cirúrgicos mais usados no tratamento do cisto de Bartolin. Portanto, nesse procedimento, o médico drena o cisto e sutura suas bordas, formando uma abertura permanente. Assim, esse processo permite que a glândula continue drenando o líquido, reduzindo consideravelmente a possibilidade de recorrência. Geralmente, os médicos indicam esse procedimento para casos recorrentes, oferecendo uma solução eficaz a longo prazo.

2. Escleroterapia com Álcool

Para quem prefere uma abordagem menos invasiva, a escleroterapia com álcool é uma opção atraente. Portanto, esse método consiste na aspiração do líquido presente no cisto, seguida pela injeção de uma solução de álcool, que promove a cicatrização e impede a formação de novos cistos. Além disso, uma alternativa eficaz, com menor tempo de recuperação em comparação com outras técnicas cirúrgicas, e pode ser ideal para mulheres que preferem evitar intervenções mais agressivas.

3. Nitrato de Prata para tratamento do cisto de Bartolin

Outra técnica simples e econômica é o uso de nitrato de prata. Assim, após drenar o cisto, o médico coloca um pequeno pedaço de nitrato de prata no local para induzir a cicatrização e manter a abertura da glândula. Esse método oferece segurança e eficácia, sendo uma boa alternativa para mulheres que buscam um procedimento mais acessível e com menos complicações.

4. Laser de CO2

O uso do laser de CO2 é uma técnica moderna e minimamente invasiva para o tratamento do cisto de Bartolin. O laser vaporiza o cisto, oferecendo uma solução rápida e eficaz. Além de realizar o procedimento em consultório, o laser acelera a recuperação, permitindo que a paciente retome suas atividades cotidianas em pouco tempo.

5. Excisão da Glândula

Em casos graves ou quando os outros tratamentos não trazem resultados satisfatórios, o médico pode recomendar a excisão total da glândula. Esse procedimento remove completamente a glândula de Bartolin e é mais invasivo, com um tempo de recuperação mais longo. Embora eficaz, o risco de complicações é maior, por isso, é uma opção reservada para situações específicas.

6. Catéter de Ward para tratamento do cisto de Bartolin

O catéter de Ward oferece uma alternativa que insere um pequeno tubo no cisto, após a drenagem, para permitir a liberação contínua do líquido durante a cicatrização do local. No entanto, existe o risco de deslocamento do catéter antes da cicatrização completa, o que pode resultar na recorrência do cisto. Apesar disso, os profissionais ainda utilizam amplamente o método, com algumas modificações, como o uso de laços plásticos para melhor fixação do catéter.

Considerações Finais sobre o tratamento do cisto de Bartolin

O tratamento do cisto de Bartolin deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade da condição, a frequência de recorrência e a preferência da paciente por procedimentos menos invasivos. É essencial discutir as opções disponíveis com um médico para determinar qual abordagem oferece os melhores resultados para cada caso.

Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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