Tanto a saúde reprodutiva do homem quanto da mulher são dependentes de diversos elementos, que incluem a genética, os nossos hábitos de vida e o meio ambiente, assim como fatores próprios, como a idade ou a presença de doenças. Considerando a impossibilidade prática de se atuar sobre a genética, a capacidade de reprodução de uma pessoa pode ser aprimorada por meio da readequação dos hábitos ou dos fatores ambientais – que são aqueles aos quais nos expomos diariamente.
Práticas sabidamente benéficas à saúde, de modo geral, atuam também em benefício da saúde reprodutiva, como a atividade física, o combate à obesidade, o controle do estresse emocional e a manutenção de uma dieta alimentar saudável. O consumo exagerado de álcool e o tabagismo, por outro lado, são considerados prejudiciais à fertilidade.
É preciso ter em mente que a idade é um fator de grande atuação sobre a capacidade reprodutiva, de modo que, com o passar do tempo, principalmente a partir dos 35 anos de idade, ela vai diminuindo. A exposição a tratamentos gonadotóxicos (com efeitos adversos sobre os órgãos reprodutivos), como acontece na quimioterapia para pacientes com câncer, mesmo sendo na maioria das vezes uma condição inevitável, ainda pode ter o seu efeito amenizado dependendo da técnica que for utilizada. Assim, podem ser tomadas providências para se preservar a fertilidade desses pacientes, inclusive se fazendo valer de técnicas de congelamento de células (espermatozoides, por exemplo) que poderiam ser utilizadas posteriormente por meio da reprodução assistida (fertilização in vitro).
Assim, é possível tomar atitudes práticas com o intuito de promover a fertilidade do homem e da mulher e que inevitavelmente irão também beneficiar a saúde deles de forma geral. O médico especialista é capaz de prover o casal de ferramentas que permitam assegurar a capacidade reprodutiva, mas somente cada pessoa pode optar por mudar seus hábitos cotidianos.
Fonte: Amato, JLS. Em Busca Da Fertilidade. 2014