A busca pela maternidade é um sonho para muitas mulheres, mas algumas enfrentam desafios no caminho, como as falhas de implantação embrionária nos tratamentos de fertilização in vitro (FIV). Este fenômeno ocorre quando o embrião não consegue se fixar no endométrio, a camada interna do útero, impedindo a gravidez.
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Resumo
No vídeo, a Dra. Juliana Amato, ginecologista e obstetra do Instituto Amato, discute sobre falhas de implantação embrionária em tratamentos de fertilização in vitro. Ela explica que uma falha de implantação ocorre quando o embrião não se fixa no endométrio. As principais causas incluem a qualidade do endométrio, a qualidade do embrião e a idade da mulher. É necessário que haja pelo menos três tentativas de implantação consecutivas sem sucesso para iniciar uma investigação sobre a falha. A biópsia embrionária, feita através de histeroscopia, é essencial para avaliar a receptividade do endométrio. A Dra. Amato também aborda a importância de considerar a qualidade dos embriões, especialmente em mulheres acima de 40 anos, e menciona a possibilidade de pesquisa genética em embriões para detectar anormalidades cromossômicas.
Transcrição
Olá meu nome é Juliana Amato sou ginecologista e obstetra do Instituto Amato e hoje nós vamos conversar um pouco sobre falhas de implantação embrionária. O Que é uma falha de implantação embrionária? É uma falha que acontece nos tratamentos de fertilização in vitro onde esse embrião ele não fixa no endométrio. Quais são as principais causas de falha nessa implantação endometrial? Qualidade do endométrio. Qualidade do embrião. E idade da mulher. Sempre quando falamos sobre isso a gente tem que levar em conta esses três fatores. E quando a gente fala em falhas de implantação? Essa falha de implantação não é quando se faz uma fertilização in vitro, o embrião não implanta e não há gravidez. Pelo menos tem que haver três fertilizações, três tentativas de implantação consecutivas, pra gente classificar como falha de implantação e começar a investigar essa causa. Como é feita essa biópsia embrionária? Ela é realizada a partir de uma histeroscopia, que é introduzida uma cânula dentro do colo do útero da mulher, e é tirado um pedacinho desse endométrio, para adaptar esse endométrio e ver se ele é compatível com toda a estimulação ovariana. Todo o preparo endometrial, para ver se ele respondeu direito ou não. É um exame um pouco dolorido, mas se faz necessário frente às falhas de implantação. Tem que se considerar também a idade da mulher. Mulheres acima de 45 anos às vezes não têm um endométrio tão receptivo quanto uma mulher mais jovem. Então tem que se tomar muito cuidado. Tem que ser um preparo endometrial muito bem feito pra que ocorra uma implantação e a qualidade embrionária também tem que ser levado em conta. Normalmente em mulheres mais velhas, a gente tem embriões bons, embriões regulares e embriões moderados. Então dependendo da quantidade de embrião que a gente transfere para dentro desse útero e de acordo com a classificação, a gente pode ter resultados melhores ou piores é porque colocar um embrião não tão bom no útero? Normalmente essa classificação depende muito de mulher para mulher: o que vai ser colocado ou não. Tem mulheres que têm embriões regulares e que por que não colocá-los? Isso não está associado com alguma aneuploidia ou algum problema cromossômico nesse embrião. Se ele não for um embrião adaptável ele vai se degenerar e não vai ocorrer uma gravidez. O ideal em pacientes maiores que 40 anos é, devido às falhas de implantação do material, pensar numa pesquisa genética desses embriões. E como é realizada essa pesquisa genética? Frente ao embrião já feito quando ele vira um blastocisto retira-se uma célula desse embrião para análise genética e com isso a gente sabe se ele tem alguma anomalia cromossômica, se ele é um embrião viável ou não, para ser transferido para embrião posteriormente. Porque a gente não faz em todos os pacientes essa biópsia nesses embriões? Porque retirando-se uma célula desse embrião pode ser que ele não se desenvolva mais. Então pode ser que a gente perca esse embrião. Então dependendo da quantidade de embriões que a gente tem para biopsiar, a gente escolhe biopsia-los ou não. Para mais informações sobre biópsia endometrial, falha de implantação, converse com seu médico. Ele é o mais apto para indicar qual o melhor tipo de tratamento e fazer um diagnóstico preciso. Se você gostou desse vídeo inscreva-se no nosso canal dê o seu like e ative o sininho de notificação para receber mais vídeos. Obrigada.
O Que é Falha de Implantação Embrionária?
A falha de implantação embrionária refere-se ao não estabelecimento da gestação após a transferência dos embriões para o útero. Para ser considerada como tal, é necessário que haja pelo menos três tentativas de implantação sem sucesso. Esta situação frustrante leva muitos casais a buscar respostas e possíveis soluções.
Principais Causas
- Qualidade do Endométrio: A receptividade do endométrio é crucial para a implantação. Um endométrio de qualidade inferior pode ser resultante de vários fatores, incluindo desordens hormonais, problemas de espessura ou até mesmo alterações na expressão genética das células endometriais.
- Qualidade do Embrião: Embriões com alterações genéticas ou morfológicas têm menos chances de implantação. A qualidade embrionária pode ser afetada por múltiplos fatores, incluindo a idade dos gametas, condições de laboratório durante a fertilização e crescimento embrionário, e a própria técnica de manipulação.
- Idade da Mulher: A idade é um fator determinante na fertilidade feminina. Mulheres acima de 40 anos geralmente têm uma redução na qualidade dos óvulos e no endométrio, o que pode complicar a implantação.
Investigação e Tratamento
Para entender a causa das falhas, é comum a realização de uma biópsia do endométrio. Este procedimento envolve a remoção de uma pequena amostra do tecido endometrial para análise, ajudando a ajustar o ambiente uterino às necessidades do embrião.
Além disso, a análise genética dos embriões (biópsia embrionária) é outra ferramenta valiosa. Esta técnica permite a seleção de embriões sem alterações cromossômicas significativas, aumentando as chances de sucesso da FIV. No entanto, a biópsia embrionária não é isenta de riscos, pois a manipulação pode comprometer o desenvolvimento do embrião.
Conclusão
Entender as causas das falhas de implantação é fundamental para orientar os tratamentos de FIV. Com o avanço das técnicas de diagnóstico e tratamento, muitos casais têm encontrado esperança na jornada para a parentalidade. No entanto, é essencial uma discussão detalhada com especialistas em fertilidade para escolher o melhor caminho a seguir.