Pular para o conteúdo

Você Precisa de Gordura Corporal Para Engravidar

Ambas massa corporal (IMC) e gordura corporal desempenham um papel importante quando se olha para a relação de peso e fertilidade.

O IMC Ideal para Fertilidade

Há um intervalo de peso que é considerado ideal para a fertilidade. É baseado no seu índice de massa corporal (IMC), que é calculado colocando o seu peso e altura em uma fórmula e obtendo um número. Existem muitas calculadoras de IMC na Internet — aqui está um widget para fazer o calculo aqui mesmo, sem sair da página:

Para otimizar a fertilidade, idealmente seu IMC deve estar entre 20 e 24. Se seu número está fora desse intervalo, não entre em pânico ou se preocupe! E definitivamente não comece uma dieta de última hora sem acompanhamento de sua especialista em reprodução humana. Isso é muito estressante para o corpo e, quando estamos tentando engravidar, queremos limitar o estresse em todas as suas formas. Trabalhe só para perder o peso de forma saudável ao longo do tempo. Converse com seu médico sobre isso.

A dieta da fertilidade definitivamente pode ajudá-la a perder peso de forma saudável. Uma vez que você elimine o álcool, cafeína, café, açúcar refinado, gordura trans e alimentos excessivamente processados — para não mencionar o leite e a farinha, as “más” ou “excessivamente altas” calorias terão ido. Em vez disso, você vai estar comendo uma variedade equilibrada de todos os vegetais orgânicos, proteína magra, bons carboidratos e gorduras saudáveis, e tudo isso naturalmente vai aliviar seu corpo em direção a um peso mais equilibrado, saudável, sem passar fome! Você terá muito mais energia também. (Veja sobre óleo de côco.)

Mas e quem já está pronta, com um peso aparentemente saudável? Deve ter cuidado para não perder peso em uma dieta de fertilidade se certificando de comer quantidades suficientes de alimentos e que têm níveis suficientes de gorduras saudáveis, em equilíbrio com o resto da sua dieta. Você pode querer comer pratos mais pesados que tenha todos os ingredientes saudáveis, como uma versão saudável do Chili com Carne e um ensopado de cordeiro (só idéias heim).

O Percentual de Gordura Corporal Também é Importante

Entretanto, seu IMC sozinho não é a única coisa a se observar e controlar. O percentual de gordura corporal também é importante, e, para isso são utilizados os aparelhos de bioimpedância. Resumindo: você precisa de uma certa quantidade de gordura para engravidar!

LEIA TAMBÉM:  Problemas de fertilidade - Visão geral do tratamento

Existem exemplos de mulheres atléticas, que levantam pesos e seguem uma dieta de baixo teor de gordura, saudáveis para todos os aspectos, menos para engravidar. São pessoas magras, com um índice de massa corporal de 18 ou menos. Nível de condicionamento físico ótimo, ótima saúde. Mas para ajudar a engravidar, às vezes é preciso ganhar peso. Também aumentando a gordura corporal, porque provavelmente com o nível de atividade vigorosa, o percentual de gordura corporal fica bem abaixo da média. Quando você está tentando engravidar, quer que a sua gordura corporal esteja mais perto da de uma mulher média, que é entre cerca de 22 a 25 por cento. Alguns autores recomendam um percentual de gordura corporal mínimo de 18 enquanto estiver tentando engravidar. Atletas do sexo feminino podem ter gordura corporal tão baixa quanto 8 ou 10.

Para essas mulheres é recomendado exercitar-se moderadamente (em vez de vigorosamente) e diminuir a intensidade de levantamento de peso… e melhor ainda… eliminá-la, sabendo que é temporário. Junto com isso, parar com a dieta de baixo teor de gordura. O corpo absolutamente precisa de gordura enquanto tenta engravidar. Que seja do tipo gordura saudável, que pode ser encontrada em nozes e sementes, azeite de oliva, peixes com baixo teor de mercúrio e abacates. E ganhar algum peso. Em outras palavras, vá devagar e pegue leve. Acompanhado pela médica.

Isto não é fácil, especialmente em nossa sociedade, que pressiona as mulheres para serem magras! Recuar (abrandar os exercícios e parar de levantar pesos), permitindo que o corpo “amoleça”, ganhando também alguns quilos para que o índice de massa corporal (IMC) esteja dentro da faixa ideal para fertilidade/concepção é, uma mudança bem difícil que se deve fazer.

Claro, saiba que depois de ter seu bebê, você poderá voltar ao seu nível de aptidão anterior! E o bebê fará com que tudo isso valha a pena.

Fonte: Toni Weschler, Taking Charge of Your Fertility

Neste vídeo, a ginecologista Juliana Amato fala sobre o ganho de peso pós-gravidez e as possíveis causas para isso. Durante a gestação, é comum um ganho de peso de 9 a 12 quilos, mas esse número pode variar de mulher para mulher. Algumas mulheres têm mais propensão a ganhar peso devido a alterações hormonais e retenção de líquidos. No período de amamentação, é possível perder peso devido ao gasto de energia, mas isso varia de mulher para mulher. É importante manter uma alimentação equilibrada e sem exageros durante a amamentação. Os hormônios podem influenciar muito no ganho ou na perda de peso e algumas doenças, como alterações tireoidianas e diabetes gestacional, podem levar ao ganho de peso. A condição chamada lipedema, caracterizada pelo acúmulo de gordura nas pernas e quadril, também pode ser desencadeada durante a gravidez. É importante estar atento às características do acúmulo de gordura e buscar orientação médica caso haja dúvidas.

LEIA TAMBÉM:  Conheça a oncofertilidade

VOlá! Meu nome é Juliana Amato, sou ginecologista e hoje a gente vai conversar um  pouquinho sobre o ganho de peso pós gravidez.  Algumas mulheres vêm ao consultório relatando que depois da gravidez, elas  ganharam o peso e que elas não conseguem mais perder.  E por que é que isso ocorre?  A gente sabe que na gravidez, a gente tem um ganho de peso esperado fisiológico da mulher,  o indicado é que durante essa fase, ela ganhe 1 a 1 quilo e meio por mês durante a sua  gestação. Então ao todo ela ganharia entre 9 e 12 quilos durante a sua gravidez inteira.  Isso é fisiológico! É lógico que depende de mulher para mulher.  Tem mulheres que já engravidam um pouquinho acima do peso.  Tem mulheres que engravidam e estão abaixo do seu peso.  Então a gente tem que individualizar cada caso, porque cada gravidez é única e cada  mulher, ela vai responder de uma certa maneira durante a sua gravidez.  Tem mulheres que ficam mais ansiosas que se alimentam mais.  Tem mulheres que têm mais propensão com as alterações hormonais da gravidez a ganhar  mais peso, a reter mais líquido, e isso deve ser bem avaliado.  “Ah, doutora, mas dizem que quando a gente ganha o bebê, logo em seguida com a amamentação, a  gente seca, a gente perde muito peso, isso é verdade?”  Bem, isso depende muito de mulher para mulher!  É lógico que no período de amamentação, a gente gasta muito mais energia, porque a gente  produz esse leite, a gente amamenta,  realmente a gente tem uma perda de peso nessa fase, mas não é igual para todas as  mulheres. A gente tem que lembrar também que a fase pós parto é uma fase que a mulher está  se adaptando à sua nova vida.  Ela está equilibrando a sua vida anterior que ela tinha com essa vida nova,  ela está aprendendo a cuidar de uma criança, a criança está aprendendo a conviver com a  mãe, então é uma mudança muito grande na rotina da mulher.  Então tem mulheres que ficam muito mais ansiosas, que descontam na comida, que elas  comem mais nesse período.  Existe um paradigma muito errado aí  que veio das nossas mães que é “Ah, você está amamentando, você  tem que comer muito bem durante a fase de amamentação.”  Não estou falando que é para fazer dieta, não, nessa fase, mas eu estou falando que você  pode manter uma alimentação normal.  Você não precisa comer o dobro para melhorar a produção de leite ou coisas desse tipo.  Na verdade, você tem que se alimentar normalmente,  uma alimentação equilibrada e sem exageros.  Os hormônios, eles influenciam muito no ganho ou na perda de peso, importante durante essa fase  de pré natal, é fazer exame de tireoide também que algumas alterações tireoidianas podem  fazer essa mulher aumentar muito de peso durante a gravidez.  E é comum que mulheres que tenham já uma propensão a ter alguma alteração da tireoide,  desenvolvam ela durante a gravidez.  Doenças como diabetes gestacional que podem ocorrer durante a gravidez, elas também  aumentam as chances de ganho de peso nessa fase e continuam ganhando peso depois do  parto. O lipedema que é uma condição também associada com alteração hormonal, ela  tem um gatilho aí durante essa fase de gravidez, de parto, de puerpério, onde os  hormônios estão em constante mudança. O lipedema é aquela alteração inflamatória, onde a  mulher tem um acúmulo de gordura tanto na região de quadril e pernas, e piora durante  essa fase. E como saber se eu tenho essa condição ou não?  É fácil você descobrir pelas características do seu acúmulo de gordura, que é mais entre  coxas, pernas e quadril.  E quando você perde muito peso, faz exercício e não perde  nessa região, é mais difícil perder nessa região.  Bem, espero ter ajudado um pouquinho com esses esclarecimentos nesse vídeo e se você  gostou do nosso canal, dê o seu like, ative o sininho de notificação e inscreva-se no  nosso canal!

LEIA TAMBÉM:  8 Dicas: Como lidar com os medos e as expectativas ao longo do tratamento de fertilidade?

O que você achou?

0 / 5 Resultado 0 Votos 0

Your page rank:

Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

>